De acordo com o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada de soja é de quase 155 milhões de toneladas, o que coloca o Brasil como o maior produtor mundial do grão.  

Nesse sentido, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possui um guia para que o produtor se atente à qualidade das sementes e do grão conforme o seu crescimento. No entanto, conhecer os níveis de proteína e óleo dos seus grãos de soja pode gerar benefícios na hora da comercialização, ao mesmo passo em que saber os níveis de umidade também possui vantagens. Confira abaixo 5 bons motivos para monitorar a qualidade da soja:

1. Lucre mais na venda

Ao possuir em mãos os dados dos níveis de proteína e óleo da soja, você produtor, pode negociar melhores preços na venda da saca. Já existem traders como a Bianchini S.A. que bonificam os produtores que entregam grãos com altos níveis de proteína, ou seja, além de facilitar a tomada de decisão, o conhecimento desses dados pode aumentar a lucratividade da safra.

2. Fique alinhado com o mercado da soja

A China é uma das maiores compradoras de soja no mundo, e pretende exigir níveis maiores de proteína e óleo na soja, além de menos avarias no grão e menor umidade. A proposta foi formulada pela Administração Estatal de Regulamentação do Mercado e a Administração de Padronização da República Popular da China, e logo após a sua divulgação, já começou a provocar mudanças na forma como o mercado interno vê e comercializa a soja. 

• Confira tecnologias para aumentar a proteína da soja:

O aumento de proteína nos grãos da soja pode ser feito de diversas maneiras. Empresas que trabalham com melhoramento genético de sementes, desenvolvem cultivares com características específicas, tais como alta produtividade, estabilidade de produção, ampla adaptação agronômica aos mais variados ambientes, bem como, cultivares com maiores teores proteicos. Isso tudo é feito a partir de seleção genômica adequada e com uso de ferramentas biotecnológicas.

Além disso, existem empresas, como a Chemie Agro que possuem um método de manejo de cultura de soja que auxilia na produção de grãos com maiores índices de proteína. Isso porque o manejo começa no estudo do solo e perpassa por todo o processo de escolha da semente e acompanhar a soja até o seu estágio final dentro da própria fazenda.

3. Faça a colheita na hora certa

Ao monitorar o nível de umidade do grão, é possível escolher o momento exato para que a colheita tenha menos perda. O ideal é que umidade da soja esteja compatível com a trilha mecânica, ou seja, entre 13% e 15%. 

Assim, se o grão estiver com mais de 15% de umidade, está mais sujeito às injúrias mecânicas provocadas pela colhedora. Ao mesmo tempo, se a umidade estiver menor que 13%, a soja estará com menos peso e serão necessários mais grãos para completar uma saca para vender. Por isso, verificar os níveis no campo diretamente antes de colher pode ser muito benéfico para o produtor.

4. Armazene a soja com segurança

Para armazenar com segurança, ela deve ser seca até ficar com 11% de umidade se for ficar armazenada por até um ano. Já para o caso de mais de um ano, é recomendável ficar nos níveis de umidade entre 9% e 10%, dependendo da temperatura ambiente e da umidade relativa do ar. Dessa forma, ficar atento para os níveis de umidade também ajuda a prevenir perdas na produção. 

5. Ajude na produção de subprodutos

Ao entregar grãos de altíssima qualidade, com altos níveis de proteína e óleo, você estará auxiliando na produção de subprodutos da soja que se utilizam dessas propriedades, como a proteína vegetal, óleo e farelo de soja. Com área útil cada vez menos disponível para a agricultura, se torna uma necessidade poder produzir mais utilizando menos grãos. Ao conhecer os índices da sua soja, você estará ajudando na produção de toda a cadeia da soja. 

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